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Inscrições abertas: concorra ao Prêmio L’Oréal Para Mulheres na Ciência 2025

Em quase duas décadas, a premiação já contemplou mais de 130 pesquisadoras do Brasil com bolsas de R$ 50 mil; inscrições até 11 de junho

As inscrições para a 20ª edição do Prêmio Para Mulheres na Ciência no Brasil estão abertas até o dia 11 de junho. Trata-se de uma iniciativa realizada pelo Grupo L’Oréal no Brasil em parceria com a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a UNESCO no país, que visa promover e reconhecer a participação de pesquisadoras na Ciência e estimular a igualdade de gênero no cenário nacional. 

As candidatas ao Prêmio Para Mulheres na Ciência no Brasil 2025 podem ser indicadas por membros da comunidade científica, seguindo os critérios disponíveis nas regras do prêmio. Até hoje, a honraria homenageava sete pesquisadoras das áreas de Ciências da Vida, Ciências Físicas, Ciências Químicas e Matemática com uma bolsa-auxílio de R$ 50 mil para auxiliar no financiamento a seus estudos.

Nesta edição, todavia, as Ciências da Engenharia e Tecnologia entram no rol de premiação, marcando a expansão do programa e seu compromisso com a diversidade no segmento. Dessa forma, a disposição das laureadas será: quatro na área de Ciências da Vida; uma ganhadora em Ciências Físicas; uma em Ciências Matemáticas; uma em Ciências Químicas; e mais uma na categoria recém-criada. O resultado será conhecido no segundo semestre.

Programa fortalece a diversidade e fomenta a pesquisa científica

De acordo com a UNESCO, cientistas do sexo feminino representam apenas 30% da população mundial. No Brasil, o cenário é mais favorável: segundo a Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), 54,2% dos alunos matriculados na pós-graduação do tipo stricto sensu são do gênero feminino. Apesar disso, o equilíbrio não se estende para os cargos de liderança acadêmica.

Para Helena Nader, primeira presidente mulher da ABC, a inclusão de mulheres na Ciência é fundamental para promover diversidade e avanço nas pesquisas. Para isso acontecer, contudo, torna-se necessário garantir ferramentas e ambientes seguros para que elas possam desenvolver suas carreiras.

“Há barreiras relacionadas ao papel social da mulher, como a maternidade e a responsabilidade de cuidar, que impactam diretamente no crescimento profissional dessas cientistas e precisam ser contempladas para garantir a equidade na ciência”, afirmoua biomédica e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) ao site da ABC. 

Maternidade e Ciência

Para concorrer ao prêmio, é preciso ter concluído o doutorado a partir de 2017 caso a candidata não seja mãe. 

Desde o ano de 2020, o prazo de elegibilidade ao programa foi estendido para pesquisadoras que passaram pela gestação, permitindo-se um ou dois anos a mais para as mães cientistas, de acordo com o número de filhos. O regulamento completo e mais informações sobre o programa estão disponíveis no site. Inscreva-se!

Investimento superior a R$ 6 milhões em duas décadas

O projeto submetido deve estar inserido em uma das categorias do programa: Ciências da Vida, Ciências Físicas, Ciências Químicas, Ciências Matemáticas e Ciências da Engenharia e Tecnologia, e é preciso ter o currículo Lattes atualizado.

A decisão de lançar mais uma bolsa – para a área de Ciências da Engenharia e Tecnologia – no ano em que o programa completa duas décadas demonstra a continuidade de um trabalho relevante e inclusivo, que abraça muitas pesquisadoras. “Iniciativas como essa para a inclusão de mulheres nas Ciências da Engenharia e Tecnologia são cruciais não apenas para promover a equidade, mas também para enriquecer a pesquisa científica com diferentes perspectivas e talentos. A falta de diversidade de gênero limita o potencial de inovação”, avalia Helena.

Fernanda De Bastiani (3ª da dir. p/ esq.), integrante da atual Diretoria da SBMAC, venceu Prêmio L’Oréal na categoria Ciências Matemáticas em 2021 | Foto: ABC/L’Oréal

O programa Para Mulheres na Ciência já investiu mais de R$ 6 milhões em bolsas, impactando a trajetória de mais de 130 cientistas brasileiras, incluindo sete premiadas em iniciativas mundiais. Além das bolsas, o Grupo L’Oréal, a ABC e a Unesco dão acesso às laureadas a treinamentos on-line exclusivos com foco em desenvolvimento pessoal, mídias sociais, negociação e gestão de equipes.

Última vez que a SBMAC teve vencedora no Prêmio L’Oréal

Em 2021, a professora Fernanda De Bastiani, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), conquistou o prêmio na categoria Ciências Matemáticas. Fernanda é associada da Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional (SBMAC) e hoje é Secretária Geral da Diretoria da SBMAC.

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