A 4ª edição da Jornada Latino-Americana de Oficinas em STEM para Meninas foi realizada no dia 4 de outubro de 2025, reunindo atividades lúdicas e interativas com o objetivo de despertar o interesse de meninas de 9 a 12 anos pelas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM).
Inspirado na trajetória da visionária Ada Lovelace (Augusta Ada Byron) — considerada a primeira pessoa a compreender que os computadores poderiam ir além dos cálculos numéricos, abrindo caminho para a programação e a computação moderna — o evento buscou oferecer uma experiência transformadora, promovendo o protagonismo feminino nas ciências e na tecnologia.
Neste ano, a Jornada foi realizada simultaneamente em 10 países da América Latina: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Guatemala, México, Panamá, Peru, El Salvador e Uruguai. Foram mais de 80 sedes participantes, sendo 28 delas no Brasil.
A coordenação internacional é conduzida pela Facultad de Ciencias Exactas y Naturales (UBA), Facultad de Ingeniería Química (UNL), Universidad Nacional de Rafaela (UnRaf) e Universidad Torcuato Di Tella (UTDT). No Brasil, a coordenação nacional ficou sob responsabilidade do Comitê Temático Mulheres na Matemática Aplicada e Computacional da SBMAC (Sociedade Brasileira de Matemática Aplicada e Computacional), que também é parceira da iniciativa desde a primeira edição no país.
O Comitê Mulheres na Matemática Aplicada e Computacional da SBMAC destaca que a Jornada é uma ação coletiva que evidencia o poder da colaboração entre universidades e escolas, criando espaços em que meninas podem se ver como futuras cientistas, engenheiras e matemáticas.
O Ada Lovelace 2025 contou com o apoio de diversas instituições nacionais e internacionais comprometidas com a equidade de gênero nas ciências. Destacamos que uma das organizações que apoia essa iniciativa tão inspirada, desde a primeira edição no Brasil, é a SBMAC, que tem sido parceira fundamental na coordenação das ações no país. No total, quase 3 mil meninas participaram das atividades, acompanhadas por professoras universitárias, docentes do ensino básico, estudantes de graduação e pós-graduação, além de egressas das edições anteriores que retornaram como monitoras, conhecidas como EgressADAS.
Essa participação diversa reforça a integração entre universidades e escolas, fortalecendo a rede de colaboração em torno da formação científica de meninas e jovens.
Entre os exemplos inspiradores está a cidade de Coari (AM), que participou da Jornada pelo segundo ano consecutivo, desta vez como sede própria. Coari está localizada no interior do Amazonas, com acesso apenas por barco — em viagens que podem durar até um dia — ou por avião. Em 2024, foram 30 meninas participantes; em 2025, o número aumentou para 56 meninas, consolidando o impacto crescente do projeto.
A iniciativa, que nasceu na Argentina, vem rompendo fronteiras e barreiras geográficas, levando ciência, tecnologia e inspiração a comunidades em diferentes realidades da América Latina.
Mais informações sobre o projeto estão disponíveis no site oficial: adalovelace.net.ar.
