O Instituto de Física Teórica (IFT) da Unesp, Câmpus de São Paulo, foi palco, na manhã desta segunda-feira, dia 8, de cerimônia de entrega do título de Associado Honorário da Sociedade de Matemática Aplicada e Computacional (SBMAC) ao ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp. Na ocasião, recebeu também a honraria o pesquisador José Mário Martinez, da Unicamp.
Estiveram presentes ao evento, além de Raupp e Martinez, o vice-reitor da Unesp no exercício da Reitoria, Julio Cezar Durigan; Juan Carlos Monteiro, diretor do IFT, e o presidente da SBMAC, Geraldo Nunes da Silva, professor da Unesp de São José do Rio Preto. Também participou do evento a pró-reitora de Pesquisa, Maria José Giannini, além de Vanderlan Bolzani, diretora executiva da Agência Unesp de Inovação, e Sérgio Novaes, professor do Instituto de Física Teórica (IFT), Câmpus de São Paulo Unesp, membro da Colaboração CMS (Compact Muon Solenoid ou Solenóide Compacto de Múons) e coordenador do projeto Sprace(sigla inglesa para Centro de Pesquisa e Análise de São Paulo).
Ao justificar a láurea entregue a Raupp, Silva fez um breve relato da trajetória do ministro, físico com mestrado em Matemática e doutorado pela University of Chicago (EUA).
"Com passagens pela Universidade de Brasília, IBGE, Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Laboratório Nacional de Computação Científica e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, SBPC, Raupp sempre deixou sua marca como empreendedor e gestor de instituições científicas", afirmou. "É, portanto, uma tarefa ingrata tentar resumir sua carreira". E encerrou: "É difícil identificar outro nome que tenha contribuído tanto, em tantos sentidos, para o desenvolvimento e estruturação da Matemática Aplicada no Brasil".
Em sua palestra, o ministro Raupp enfatizou, inicialmente, o bom momento porque passa a política científica no País. "Depois de um período de contenção, estamos vivendo uma fase de grandes investimentos, na área", disse.
Ressaltando a crescente demanda do setor produtivo, sobretudo do setor industrial, afirmou que as atenções de sua pasta estão voltadas, sobretudo, para a área de inovação. "A indústria brasileira se deu conta, finalmente, de que precisa inovar para sobreviver. E, neste mundo globalizado, ninguém é competitivo se não caminhar lado a lado com a ciência e com a tecnologia."
Raupp comentou, em seguida, "o grande desafio que MCTI tem pela frente": "Há, no Brasil, aqui e acolá, bolsões de excelência, como a Petrobrás e o agronegócio, impulsionado pela Embrapa. Mas é preciso ampliar o espectro, generalizar o sucesso".
Contabilizando um orçamento de R$ 6 bilhões anuais, garantiu que há, sim, recursos – mas que haverá cobrança. "Vamos acompanhar de perto as pesquisas financiadas, aferir resultados e saber do impacto que podem causar, por exemplo, na melhoria das condições de vida dos brasileiros", declarou. E finalizou: "A frase de ouro do MCTI passa a ser 'mais com menos'".
Entrevista
Em entrevista ao Portal Unesp, Raupp falou ainda sobre o novo Código Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação e a participação de pesquisadores brasileiros em projetos científicos internacionais de grande porte como o Cern.